O Pensar Gordo e o Pensar Magro

1. Sobre a vontade de comer:

Gordo à considera fome qualquer vontadezinha de comer. Pouco depois de uma boa refeição, se sente vontade de traçar um sorvete, quem pensa gordo não hesita, sob justificativa “bateu fome de sorvete”

Magro à na mesma situação quem pensa magro resiste a tentação “Gostaria de tomar sorvete mas acabei de comer. E não come!

 

2. Sobre a tolerância a fome e o desejo incontrolável de comer:

Gordo à quando sente fome ou tem desejo de alguma comida, quem pensa gordo não agüenta esperar pela próxima refeição. Não consegue desligar.Fica remoendo essas sensações e pensando apenas em comida, ansioso para saber quando poderá comer novamente.

Magro à quem pensa magro consegue se desligar. É capaz de driblar a fome ou desejo de comida e esperar pacientemente pela próxima refeição.

 

3. Sobre quando parar de comer:

Gordo à quem pensa gordo não sabe a hora de parar de comer. Sente compulsão por esvaziar o prato, o pacote de salgadinho, o pote de sorvete, ou a caixa de chocolates. Gosta inclusive da sensação de ter comido exageradamente.

Magro à quem pensa magro come até que se sente razoavelmente satisfeito. Ainda que a comida esteja deliciosa e o prato não esteja vazio, ele acha melhor cruzar os talheres do que continuar a comer. Duas bolachas foram suficiente para matar a fome? Pois bem, o magro fecha o pacote e guarda o resto pra depois.

 

4. Sobre quanto comer:

Gordo à quem pensa gordo não presta atenção em quanto comer e com isso, ilude-se freqüentemente a respeito do tamanho das porções. É capaz de devorar um pote de sorvete em pé ao lado de geladeira, ou um pacote de batatas fritas enquanto vê televisão.

Magro à geralmente quem pensa magro tem uma boa idéia de quanto come. Quando exagera automaticamente diminui a próxima refeição.

 

5. Sobre o bem estar proporcionado pela comida:

Gordo à diante de um aborrecimento ou tristeza, quem pensa gordo costuma buscar conforto na comida. É como se o ato de comer tivesse o poder de desviá-lo dos pensamentos negativos e aliviar o sofrimento psíquico.

Magro à se está chateado ou triste o magro perde a vontade de comer. Jamais recorre a comida para aliviar suas aflições psicológicas.

 

6. Sobre Ganhar Peso:

Gordo à Ao ver a balança subir (ainda que um pouco só) quem pensa gordo é tomado por sentimentos negativos, como uma profunda sensação de desesperança e desamparo: “nunca conseguirei emagrecer”. Para compensar a frustração, ataca a geladeira.

Magro à Ganhar um pouco de peso não representa nenhuma catástrofe para quem pensa magro. Ele acredita que voltará a emagrecer e se mantém firme na dieta, reduz ainda mais as quantidades de calorias e aumenta os exercícios.

 

7. Sobre quanto as outras pessoas comem:

Gordo à é típico de quem pensa gordo o sentimento de injustiça. Ele não se conforma com o fato de que outras pessoas possam comer tudo na quantidade que desejam. Não se dá conta no entanto que a maioria das pessoas magras tem se esforçado para manter-se na linha.

Magro à quem pensa magro tende a aceitar com resignação as restrições alimentares. Na maioria das vezes, come porções menores do que gostaria e deixa de ingerir determinados tipos de alimentos, mas não faz disso um tormento. Não fica, por exemplo, o tempo todo pensando no bolo de chocolate ou na cozinha que teve que recusar.

 

8. Sobre o fim da Dieta:

Gordo à quem pensa gordo quando emagrece tende a interromper a dieta e voltar a comer tudo. Como se estivesse imunizado contra os quilos em excesso. Obviamente engorda novamente, faz dieta… efeito sanfona!

Magro à quem pensa magro sabe que o controle alimentar é para sempre. Encara essas restrições com naturalidade e até se permite cometer excessos vez ou outra.

 

Fonte: Revista Veja